Sabes quando dizem que o tempo cura tudo? Não sei se é mesmo assim, mas confirmo que o tempo ajuda. Foram muitos dias de puro inverno, sem um raio de sol, em que todas as músicas de amor me lembravam de ti. As boas e as más. Estavas em todo o lado e parecia impossível alguma vez desapareceres da minha cabeça. Lembrava-me de ti mesmo já não te querendo. E que irritante que isso era. Quando a cabeça não parecia conseguir estabelecer ligação com o coração e todos os dias eram de inverno. Embora já não procurasse o teu nome, por vezes ainda aparecias e destabilizavas-me. E o pior era saber que as saudades que tinha eram de uma pessoa que nunca existiu em lado nenhum que não a minha cabeça. Do potencial que desenhei para ti e que tu, francamente, nunca chegaste sequer perto. Não consigo dizer quando é que tudo mudou. Mas, quando dei por mim, esqueci-me que existias. E foi libertador. As músicas de amor já não me lembravam de ti. Já não era em ti que pensava quando lia poesia. A tua story aparecer já não me incomodava. A Noite Estrelada já não me causava dor.
Foi de repente, mas não foi. Demorou demasiado. Partiste-me demasiado. Mais do que eu alguma vez pensei.
Mais do que eu merecia. Mais do que tu merecias.
Foi de repente, mas não foi. Demorou demasiado. Partiste-me demasiado. Mais do que eu alguma vez pensei.
Mais do que eu merecia. Mais do que tu merecias.







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