Com o tempo, vamos percebendo que,
para sermos felizes com uma outra pessoa, precisamos, em primeiro lugar, de não
precisar dela antes de a ter. Com isso, aprendemos a gostar de nós próprios, a
cuidar de nós e, principalmente, a gostar de quem também gosta de nós. Aprendemos
que o segredo não é correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que
elas venham até nós. No fim, vamos achar não quem procurávamos, mas quem estava
à nossa procura.
Amor não é envolvermo-nos
com a pessoa perfeita, a dos nossos sonhos. Isso de príncipes e princesas não
existe. É preciso encarar a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando as suas
qualidades, mas sabendo e respeitando também os seus defeitos. O amor só é
lindo quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser. Numa
relação, se não puderes ser uma árvore, sê um ramo. Se não puderes ser uma
estrada, sê um caminho. Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela. Não é pelo
tamanho que terás sucesso ou fracasso. Mas sê sempre o melhor no que quer que
sejas. Não digas amo-te se não te interessas. Não fales sobre sentimentos se eles
não existirem. A coisa mais impiedosa que uma pessoa pode fazer é permitir que
alguém se apaixone por ela quando não pretende fazer o mesmo.
Amor é quando a felicidade do
outro é a tua felicidade. Quando as lágrimas do outro são as tuas lágrimas. E quando,
depois de tanto tempo se ter passado, depois de tantos problemas resolvidos,
depois de tantas brigas, depois de tantos carinhos e de beijos, continuam a
partilhar a mesma cama, o mesmo quarto, o mesmo tecto, a mesma vida… E é isso
até que venha alguma coisa maior que esse amor.