E se a chuva vier, não procures
um guarda-chuva. Não a deixes passar. Aprende a dançar nela. O ser humano vive
constantemente numa tendência de se adaptar. Adaptar aos sucessos ou aos
fracassos. Adaptar às rejeições. Quando enfrentas uma rejeição, ficas fraco e
vulnerável. Com o tempo, podes escolher entre voltar a abrir o coração e
arriscar ou fechares-te para garantir que não acontece outra vez. O amor é um
risco e quando o vês perante de ti tens o poder de escolha. É um risco e pode
não resultar, pode até correr muito mal. Mas e se resultar? E se estiver à tua
frente a porta para a mais bela história de amor? Não a deixes fugir. Sê
corajoso, atreve-te, supera todos os teus medos e receios. Se resultar, tens
uma excelente história para contar aos teus netos. Se não, aprendeste que a
vida é um jogo e nem sempre se ganha. Mas uma coisa é certa: se nunca tentares,
nunca saberás. Não foi mais do que isso que fiz. Abri o meu coração a quem me
deu a mão quando eu menos esperava. A quem eu menos esperava. Claro que é um
risco. Pode até estragar a amizade e cumplicidade que fomos construindo até
aqui, que foi das melhores coisas que já vivi. Mas e se correr bem? Arrisquei
por mim, porque achei que merecia. Achei que já andava pela sombra há demasiado
tempo. Posso até apanhar um escaldão, mas ao menos sei a cor do Sol. Arrisquei
e ainda bem que o fiz. E se a chuva vier, não procures um guarda-chuva. Aprende a dançar nela.