Alguns dizem que é o amor que move o mundo, outros dizem que
não passa de reacções químicas. Alguns dizem que se conseguimos explicar, então
não é amor. Alguns dizem que dura para sempre, outros acham que amor é amor até
deixar de o ser. O amor está em cada gesto que fazemos, tem as cores da
amizade, da devoção, da maternidade, da família, do trabalho, da casa, da vida
de todos os dias. O amor não é fácil. Mas mais especificamente, nunca ninguém
disse que o início de um relacionamento amoroso é fácil. Porque um relacionamento
não é só prazer. Não é só festas, viagens, gargalhadas, diversão, brindes,
sexo, beijos, cumplicidade. Essa definição de relacionamento não devia estar
correcta na cabeça das pessoas. Essa é a parte fácil. Quando nos apaixonamos por alguém aparentemente
sempre bem-disposto, com piadas para contar. Essa paixão é fácil, quando vemos
a melhor parte da pessoa. Mais difícil é apaixonarmo-nos pela outra parte. A
parte menos sorridente, a parte com menos charme. A parte menos atractiva. E,
por isso, um relacionamento, quer no início quer durante, tem fases chatas. De
vez em quando há brigas, discussões, chatices, implicações, ciúmes, gritos,
lágrimas. Temos que aprender a lidar, a conviver e a amar o lado mais tenebroso
de uma pessoa, senão não é amor. Qualquer um se apaixona por uma praia com sol, areia branca e água cristalina, mas nem
todos conseguem ver o farol sozinho, embora um excelente porto-de-abrigo, no topo da pequena montanha no canto da paisagem. Tem
que se aceitar e amar aquela pessoa como ela é, e isso dá muito, muito
trabalho. O amor é lindo, sim, e é também a maior recompensa para quem não tem
medo de enfrentar os próprios medos. Amor é querer estar com a pessoa
independente de qualquer coisa ou situação. Passar bons momentos, com boas conversas. Conversas que não se tem com mais ninguém. Ou pelo simples facto de estar junto…
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